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Imagine um time de futebol que durante um campeonato muda de técnico quatro vezes. Quais as chances dessa equipe obter bons resultados? Pois é… Se numa equipe de esportes o caos seria generalizado, tente projetar os efeitos colaterais dessa bagunça em um município como Patos/PB que em três anos já está no quarto prefeito. Tudo começou com a Operação Cidade Luz, que desbaratou um suposto esquema de corrupção no município e afastou o prefeito, Dinaldinho Wanderley (PSDB). Na sequência assumiram o comando do Executivo: o vice-prefeito, Bonifácio Rocha, o ex-presidente da Câmara Municipal, Sales Junior (PRB) e agora tudo está nas mãos do prefeito interino, Ivanes Lacerda (MDB). Sem a chancela da Justiça e nem da Câmara Municipal que não caçam definitivamente o mandato de Dinaldinho, Ivanes tenta dar alguma legitimidade a seus atos dividindo a responsabilidade deles com um Conselho Gestor. O órgão é formado por 19 entidades, como igrejas, associações comunitárias, Ministério Público e a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade. O grande problema é que mesmo com o apoio do conselho, Ivanes não é o titular do cargo e com o passar dos dias tende a enfrentar as mesmas crises dos seus antecessores que terminaram passando o bastão. Deixando de lado as crises políticas, se imagine agora como um comerciante da cidade de Patos. Você teria coragem de fornecer produtos e serviços para uma gestão que não consegue ter o mínimo de estabilidade? Acha que alguém teria? Isso sem falar na montanha de servidores exonerados, dívidas impagáveis e serviços públicos ineficientes. É o caos! A culpa? Claro que a culpa é de quem não decide de uma vez por todas pela cassação do mandato de Dinaldinho ou pelo seu retorno, a esta altura mais que improvável, ao cargo de prefeito. Resta a nossa solidariedade ao povo de Patos.