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Nesta semana, a crise do Fundão e do Centrão. O Congresso Nacional aprovou, na semana passada, o Fundo Eleitoral de 5,7 bilhões de reais. O montante foi aprovado durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022. Três vezes o valor previsto para as eleições de 2018. Agora, cabe ao presidente Jair Bolsonaro sancionar a LDO integralmente, parcialmente ou vetar o texto. Ele já disse que pretende vetar. Mas é um movimento curioso, já que os filhos votaram a favor do texto. Os filhos Eduardo e Flávio, deputado e senador, respectivamente, e os aliados na Câmara e no Senado. Os mesmos filhos que aliados que se diziam contrários à proposta e que agora culpam Marcelo ramos, vice-presidente do Congresso, que conduziu a sessão de votação. O argumento é de que votaram pela aprovação do aumento do Fundão porque o texto apresentava uma série de dispositivos para orientar a LDO de 2022. Porque o orçamento, em si, precisava ser aprovado, senão atrasaria o orçamento do governo para o próximo ano. Mas é mentira. Ele só precisava ser aprovado para o Congresso entrar em recesso. Ou seja, a grosso modo, se não eram a favor, tinham pressa em parar de trabalhar. E a história não termina aí. Porque alem do desgaste de aprovar a matéria e precisar se justificar, os aliados de Bolsonaro conseguiram irritar o Centrão pelo caminho, que é a favor do Fundão. E o próprio Bolsonaro conseguiu a proeza de atacar Marcelo ramos, do PL do Amazonas. Que não deixou quieto. O resultado? Jair Bolsonaro indicou uma "pequena mudança ministerial” para a próxima segunda-feira, dia 26. Segundo a jornalista Natuza Nery, da Globonews, o presidente cogita colocar o senador Ciro Nogueira (PP-PI), líder do Centrão, na Casa Civil. Ele também estuda recriar o Ministério do Trabalho e Previdência acomodar Onyx Lorenzoni, atualmente ministro da Secretaria-Geral do governo. Por que? Para abrir vaga para Luiz Eduardo Ramos, hoje na Casa Civil. Eita que nem o recesso dá folga. Isso sem falar no stalker de Flávio Bolsonaro e a Amazônia, que tem primeiro semestre de 2021 com maior área sob alerta de desmate em seis anos. Salles, é você?