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A crise na fronteira ucraniana está chegando em seu momento mais tenso. Após todas as tentativas diplomáticas dos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido com a Rússia, nada foi acordado. O presidente russo Vladimir Putin segue firme no fortalecimento de tropas na fronteira e também em Belarus, argumentando que tudo isso é culpa da Otan. O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, nessa semana, afirmou que tudo que a Rússia precisaria fazer logisticamente para se encontrar em uma situação “ideal” de invasão, já foi feita. Assim, o governo americano acredita que uma invasão poderia acontecer tão cedo quanto essa semana, por mais que não exista garantias de que isso irá de fato acontecer. O principal temor seria de uma invasão “total”, que teria como alvo central a capital ucraniana, Kiev. Segundo analistas da Casa Branca e de institutos de pesquisas em Washington, um ataque a Kiev seria feito, primordialmente, por meio de bombardeios aéreos, seguido de um ataque cibernético que cortaria a comunicação e, possivelmente, a grade energética ucraniana. Essa invasão partiria, principalmente, de Belarus, que logisticamente ofereceria à Rússia a possibilidade de uma invasão rápida. Para os EUA, esse seria o cenário devastador, o que levaria à sanções ainda mais agressivas. Entre as sanções avaliadas estão a exclusão da Rússia do sistema Swift que seria, sem dúvidas, a mais devastadora para as exportações e importações russas. Em cima disso, sanções sobre exportações-chave da Rússia (fertilizantes, alumínio, níquel, petróleo e gás) gerariam uma onda inflacionária no preços das commodities. (Clique no vídeo acima para ver a crônica completa de Thiago de Aragão)