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A Fundação FHC e o Instituto Ibirapitanga promoveram um webinar para discutir a questão da fome no Brasil. Em pauta: medidas de emergência e políticas estruturantes para mitigar essa crise humanitária. Anna Peliano, socióloga e coordenadora do Grupo de Pesquisa de Nutrição e Pobreza no Instituto de Estudos Avançados da USP, apresentou uma cronologia das políticas de combate à fome no país. “Entre 1990 e 1999, cerca de 18,3 milhões de brasileiros saíram da condição de extrema pobreza ou de pobreza. Mas o que muitos estudos da época revelam e enfatizam é que o maior programa de combate à fome e pobreza no período foi a estabilização monetária, com melhoria da renda e políticas no campo econômico”, disse. Já Ana Maria Segall, pesquisadora e professora aposentada do Departamento de Saúde Coletiva da Unicamp, trouxe os principais resultados da pesquisa realizada pela Rede PENSSAN em 2020. Segundo ela, os dados mostram as consequências do cenário de crise econômica, política e sanitária: “Mais de 9 milhões de pessoas entraram na insegurança alimentar grave, ou seja, novos brasileiros que passaram a estar em situação de experiência da fome. São 19 milhões de pessoas experimentando a fome no país.” Maïra Gabriel Anhorn, coordenadora e pesquisadora na ONG Redes da Maré, lembrou da importância de políticas públicas prioritárias e eficientes diante do quadro atual: “Precisamos pensar em programas de renda mínima e direção de renda com foco em mulheres, isso é importante, e também no fortalecimento do SUS. Uma outra questão que não podemos abrir mão é a educação, temos que falar de inclusão digital e inclusão tecnológica”. O conteúdo completo está disponível no nosso site: https://is.gd/iCYO0x